A campanha Novembro Azul é um movimento mundial e tem como objetivo conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o câncer mais comum entre os homens, depois do câncer de pele não-melanoma. São mais de 71 mil novos casos e cerca de 16,3 mil mortes todos os anos no Brasil. No Rio Grande do Sul (RS), são mais de 1,2 mil mortes por ano. Na macrorregião Norte de saúde do RS, são quase 150 mortes anualmente.
 
O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. “A expectativa de vida aumentou e, consequentemente, as taxas de incidência do câncer também. O câncer de próstata é uma doença degenerativa, do envelhecimento”, comenta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado.
 
Um câncer silencioso
A imensa maioria dos casos são assintomáticos em estágios iniciais. Entretanto, alguns tumores de alto grau podem evoluir rapidamente e acometer outras regiões ou órgãos (metástase).
 
Entre os principais sintomas estão dificuldade de urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia, sangue na urina, dor óssea e impotência sexual. “O diagnóstico ainda é tardio na maioria dos pacientes. A conscientização aumentou nos últimos anos, mas ainda está longe do ideal. Muitos homens só vão ao médico quando não aguentam mais os sintomas. Campanhas como o Novembro Azul são muito importantes para vencer a resistência e a desinformação”, ressalta o também oncologista do CTCAN, Dr. Alex Seidel.
 
Importância do diagnóstico precoce
Realizar os exames de rotina uma vez ao ano e ter hábitos de vida saudável são algumas das dicas. “A idade, a genética e o estilo de vida estão entre os fatores de risco para o câncer de próstata. Por isso, é importante realizar atividades físicas, ter uma alimentação adequada, não fumar e evitar o consumo de álcool. Além disso, é preciso ficar atento ao histórico familiar (parentes de primeiro grau) de câncer de próstata”, destaca o também oncologista do CTCAN, Dr. Lieverson Guerra.
 
O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. O oncologista orienta que a primeira avaliação com o urologista ocorra a partir dos 50 anos. “Caso o paciente tenha casos na família, a avaliação deve ocorrer antes. Os exames indicados são o toque retal e a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) sanguíneo”, explica o oncologista.
 
O tratamento depende de muitos fatores como características biológicas e estágio da doença, estado de saúde do paciente, terapias disponíveis e acesso aos tratamentos. De maneira geral, as opções mais utilizadas são a cirurgia, a radioterapia e a terapia hormonal.
 
Dicas para a saúde do homem:
 
– Ter uma alimentação saudável
– Manter peso corporal adequado
– Praticar atividade física
– Não fumar e evitar bebidas alcoólicas
– Fazer exames de rotina todos os anos
 

A idade, a genética e o estilo de vida estão entre os fatores de risco para o câncer de próstata