Os pesquisadores Gustavo Mazon, pós-graduando em Ciência Animal na Universidade de Wisconsin, e Tadeu da Silva, pós-graduando em Ciência Animal na Universidade de Vermont, mostram no pavilhão da Produção Animal, da 25ª Expodireto Cotrijal, novas tecnologias que estão sendo aplicadas nos Estados Unidos. É o caso do Smart Farm Hub, que reúne recursos para usar inteligência artificial e tecnologias de ponta em sistemas de produção agrícola e pecuária. "O Smart Farm Hub é uma plataforma nova de educação sobre tecnologias para o produtor rural, da Universidade de Wisconsin. Estamos escrevendo artigos e temos uma página no Instagram, onde tem pesquisadores do mundo inteiro fazendo vídeos curtos sobre uso de tecnologias", afirma Gustavo. Outra tecnologia apresentada é o Digital Livestock Lab, plataforma dedicada a promover pesquisas em estratégias de fenotipagem de alto rendimento que podem aprimorar decisões de gestão de fazendas. Um exemplo é o uso de câmeras e inteligência artificial para descrever imagens de monitoramento dos animais. "Temos um sistema que monitora o comportamento dos animais no cocho e o tempo que eles passam comendo. Há um sistema que monitora a locomoção dos animais, indicando se tem algum problema de manqueira, além de verificar a condição corporal", relata Gustavo. Basicamente, são instaladas câmeras nas propriedades com uma tecnologia que consegue detectar os pontos do animal, gerando dados que indicam o que está acontecendo com o bovino. "O fator principal no uso de tecnologia de precisão é no nível individual. A gente precisa saber reconhecer qual animal está sendo analisado e fazemos isso também com uso de sensores", explica o pesquisador. Segundo Tadeu, que faz parte do Costa's Lab, da Universidade de Vermont, o objetivo é mostrar como é utilizado esse tipo de tecnologia, além de dar um passo a mais e mostrar ao produtor como esses dados são usados para a tomada de decisão."Nossa proposta é focada em fazer a integração das informações e gerar novas soluções, usando esses dados de forma mais eficiente", avalia Tadeu. Os pesquisadores reforçam ainda que o uso de novas tecnologias já é uma realidade que precisa ser cada vez mais implementada nas propriedades. "A pressão está vindo, o produtor precisa ser competitivo e a tecnologia traz para ele inúmeras vantagens. Você tem melhora de eficiência não só produtiva, mas melhora na utilização de mão de obra com um sistema automatizado, que o torna mais competitivo. Sendo eficiente, ele faz mais dinheiro. Não há como pensar em um futuro de produção animal sem adoção de tecnologia", afirma Tadeu. Na manhã desta quinta-feira,13, ambos pesquisadores estiveram na Arena Agrodigital. Gustavo ministrou palestra com o tema “Tecnologias de precisão na pecuária leiteira da teoria à prática: a experiência dos Estados Unidos”. Junto do professor João Costa, da Universidade de Vermont, Tadeu participou da palestra “Dos dados à decisão: chegou a hora de conectar os pontos!”. ssa é uma das áreas de investimento da Focking, empresa gaúcha que tem na Expodireto um ponto focal para apresentar ao produtor as suas novidades e concretizar negócios e que vê na feira também papel importante na defesa de políticas públicas para o agro. “Aqui há oportunidades de negócios para as empresas e os produtores e se consegue levar à comunidade política maior clareza sobre as demandas do setor”, avalia George Vital da Silva, presidente da Focking. A família Maurer, de São Pedro do Sul, cidade próxima a Santa Maria/RS, veio à feira focada na aquisição de um sistema de irrigação para a soja. Eles plantam 500 hectares com a cultura e 220 hectares de arroz e trabalham com gado de corte. “Nos últimos anos, o arroz e o gado de corte têm sido a principal fonte de renda, pois na soja foram várias frustrações consecutivas devido ao clima”, informa Jéssica Flores Maurer, que estava acompanhada do marido Eduardo e dos cunhados Leonardo e Guilherme. |
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