A Polícia Civil confirmou com o Instituto-Geral de Perícias (IGP) na sexta-feira, 20/10, que não houve falhas mecânicas em um carro que afundou no Rio Ijuí após não parar sobre uma balsa na cidade de Mato Queimado, no Noroeste do estado, matando a passageira, Fabiana Oliveira, de 36 anos, em agosto.
O motorista, marido dela, disse à Polícia Civil que o que aconteceu foi um acidente causado por um problema no acelerador do veículo. A investigação, porém, indica que o que aconteceu não foi um acidente, mas uma ação proposital. O nome do suspeito não foi revelado pela Polícia Civil.
“A ideia, agora, fica mais forte para o homicídio doloso porque o laudo pericial não constatou nenhuma falha no sistema de aceleração, freio, nem motor. Pelo que se apurou, ele passou acelerando pela barca. Não parou. Alegou que o veículo apresentou problemas e teria trancado a aceleração. Há possibilidade de indiciamento pelo feminicídio. Até pelo fato de estar embriagado e estar dirigindo”, conta o delegado Afonso Stangherlin.
O delegado Stangherlin diz que aguarda o laudo da necropsia do corpo de Fabiana antes de interrogar novamente o marido dela. A motivação para o crime não está clara para a polícia. “Pois como estavam somente os dois no veículo, não há como saber [o que teria acontecido]”, diz o delegado.
O caso
Os bombeiros divulgaram que o caso aconteceu por volta das 16h30 de 26 de agosto na localidade de Passo das Violas, no interior do município. Câmeras de segurança registraram o que aconteceu.
Por meio das imagens, é possível ver o momento em que o carro avança em direção a balsa, ingressa na embarcação, mas, em vez de parar sobre ela, continua em movimento, atingindo o rio. Em alguns segundos, o veículo afunda.
O motorista do veículo, marido da vítima, conseguiu se salvar. Já a vítima, mulher dele e passageira do carro, não conseguiu sair do automóvel e morreu.
FONTE/CRÉDITOS: G1 RS
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