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A araucária leva de 12 a 20 anos para entrar em produção. Com a enxertia é possível reduzir esse tempo pela metade (6 a 8 anos), possibilitando uma produção precoce de pinhão e madeira, como oportunidade de geração de renda, adequação ambiental da propriedade rural e sustento de muitas famílias. A fim de capacitar extensionistas de diversas regiões do Estado e produtores, de forma teórica e prática, na área de produção de mudas de araucária através do método de enxertia para produção de pinhão e madeira, a Emater/RS-Ascar e a Embrapa Florestas promoveram uma capacitação, nesta quinta-feira (04/10), no Centro de Treinamento de Agricultores de Nova Petrópolis (Cetanp). A atividade foi conduzida pelos pesquisadores da Embrapa Florestas (PR), Ivar Wendling, Emiliano Santarosa e Edelberto Gerbauer, e contou com a participação de aproximadamente 25 pessoas. A técnica de propagação vegetativa também permite selecionar materiais genéticos superiores em termos de características de tipo de pinhão, sabor, tamanho e época de maturação, além de possibilitar o manejo das plantas de maneira fácil, pela obtenção de plantas de menor porte. Entre os participantes, estava o agricultor Sélvio de Macedo Carvalho, do município de Cambará do Sul. Sélvio, que na última safra colheu e comercializou cerca de quatro toneladas da semente, tem na produção de pinhão um complemento da renda. Ele conta que já tinha tentado fazer a enxertia, mas sem sucesso, e que acaba perdendo muito pinhão devido ao porte muito alto das araucárias, o que torna a atividade trabalhosa e perigosa. “O curso foi bem legal, porque agora a gente pode continuar a salvar certas espécies de pinheiros que não tem em grandes quantidades, como o macaco e o cajuvá, e a gente pode multiplicar a espécie de uma maneira bem melhor, com pinheiros de porte mais baixo, o que vai facilitar a colheita”, afirma. Na ocasião, também foi realizada a implantação de um pomar de araucária para produção de pinhão, com mudas enxertadas doadas pela Embrapa Florestas, na propriedade de Orlando Morschal.
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FONTE/CRÉDITOS: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
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