Em um homicídio registrado em Passo Fundo na manhã de quarta-feira (11), a espera pelos peritos chegou a três horas. O corpo de uma mulher de 33 anos foi encontrado em frente a uma parada de ônibus, no bairro Integração. A vítima foi morta após sofrer uma agressão por objeto cortante, atrás do pescoço.
A área do crime foi isolada pela Brigada Militar até a chegada da perícia. A equipe teve que se deslocar de Erechim para atender à ocorrência. A cidade fica a mais de 80 quilômetros de distância e, com isso, mais de três horas se passaram desde a solicitação da presença da equipe até a chegada no local.
Em contato com a reportagem de GZH Passo Fundo, o IGP do Rio Grande do Sul esclareceu que a escolha da equipe de Erechim para atender o caso foi baseada na necessidade de garantir uma resposta rápida, pois naquele momento a equipe de Passo Fundo estava indisponível. O motivo da indisponibilidade, entretanto, não foi informado.
A assessoria de imprensa do IGP explicou ainda que o atendimento às ocorrências é determinado por uma combinação de fatores, incluindo a proximidade das equipes, a disponibilidade de servidores e a carga de trabalho atual. O instituto possui 10 Coordenadorias Regionais de Perícias (CRPs) no Estado, com a escala de plantão variando conforme as necessidades operacionais.
Déficit de servidores do IGP ocorre há anos, diz sindicato
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Perícia do RS (Sindiperícias), Carla Jung, a deficiência no efetivo do IGP é um problema persistente.
— Estamos enfrentando um déficit significativo. O quadro ideal seria de 1.700 servidores, mas atualmente temos menos de mil. O último concurso abrangendo todas as categorias do IGP foi em 2008, e desde então tivemos apenas concursos esparsos para preencher algumas vagas — disse Carla.
Questionado novamente, o IGP afirmou que realiza esforços contínuos para atender a todas as ocorrências de forma adequada.
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