Aumentou para 21 o número de mortes por leptospirose relacionadas às enchentes de maio no Rio Grande do Sul. De acordo com informe epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (19) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), outras seis mortes estão sob investigação. Desde o início da catástrofe, já foram notificadas 5.501 suspeitas da doença, das quais 363 (6,6%) receberam teste positivo.
Os casos fatais registrados até o momento ocorreram em Porto Alegre (3), Novo Hamburgo (2), Alecrim, Charqueadas, Rio Grande, Pelotas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada e Viamão.
Doença bacteriana infecciosa aguda, a leptospirose é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, em contato com a pele e mucosas. A bactéria pode estar presente na água contaminada ou lama, e os alagamentos aumentam a chance de infecção entre a população exposta. A água em regiões alagadas pode se misturar com o esgoto.
Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. Os principais são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial na panturrilha) e calafrios. A orientação à população é procurar um serviço de saúde logo nas primeiras manifestações. Nos municípios sem serviços de saúde disponíveis, as pessoas devem procurar qualquer profissional de saúde em abrigos, albergues ou ginásios.
O governo gaúcho alerta para outros sintomas a serem observados pelos profissionais de saúde, como tosse, sensação de falta de ar ou respiração acelerada, alterações urinárias, vômitos frequentes, icterícia, escarros com presença de sangue, arritmias, alterações no nível de consciência.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade.
FONTE/CRÉDITOS: SecomRS
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