Nessa época de final de ano, muitas feiras de artesanato acontecem em diversos municípios do Rio Grande do Sul, reunindo artesãos urbanos e rurais, que buscam, com suas produções, complementar a renda das famílias e deixar os ambientes de trabalho e de moradia ainda mais bonitos e criativos.
Seja para decoração ou para presentear, os artesãos assistidos pela Emater/RS-Ascar são incentivados a elaborar produtos a partir de matérias-primas encontradas nas propriedades, como lã, palhas, vime, madeira, cascas, com destaque para as palhas de trigo e de milho e as fibras da bananeira, “o que não impede de adquirir matérias-primas para incrementar a sua produção”, avalia Ivanir Argenta, que é extensionista e coordenadora estadual de Artesanato da Emater/RS-Ascar.
Como incentivo à produção, Ivanir cita reuniões, encontros, oficinas e seminários, onde há repasse de informações e conteúdos que visam à qualificação dessas produções. “Nesses eventos e nos momentos de integração e de troca de ideias e de experiências, são abordadas e avaliadas a participação nas feiras e a disposição dos seus produtos de artesanato para essa comercialização”, destaca Ivanir.
FEIRAS COMO LOCAIS DE VALORIZAÇÃO DO ARTESANATO
O artesanato rural tem conquistado espaços em grandes feiras municipais, como de agropecuária, mas é possível ser exposto e comercializado nas feiras do livro. “Sempre há uma oportunidade e é isso que incentivamos aos grupos organizados pela Emater, que busquem esses espaços”, ressalta Ivanir, ao citar as atuais feiras de artesanato de Natal, que comercializam opções de presente e de decoração.
Para saber onde e quando acontecem as feiras, em especial agora as de Natal, o melhor contato é o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, que organiza esses grupos e incentiva essa comercialização como forma de valorizar e incentivar a permanência das famílias no meio rural.
“O artesão, que muitas vezes é agricultor ou agricultora, complementa a sua renda com esse artesanato, porque a matéria-prima bruta, no momento que é transformada em artesanato, agrega valor, não só financeiro, como também histórico e cultural. A história de vida daquele artesão está naquela peça, que está intrinsecamente ligada à sua cultura, à sua etnia, à sua origem”, avalia a extensionista.
Segundo Ivanir, a melhor forma de movimentar a economia local é incentivando os produtos locais, os produtos da agricultura familiar, “e lembrar que o artesanato rural também é produto da agricultura familiar”.
Para as pessoas que estão se aposentando ou mesmo que querem ingressar nessa área do artesanato, a dica é “contate a Emater/RS-Ascar. Nós estamos nos 497 municípios do Estado e ali, em cada município, tem organizações de artesãos, com feiras na praça ou permanentes, semanais ou quinzenais, junto com as feiras da agricultura familiar”, indica Ivanir.
Comentários: