Apesar de figurar entre as principais culturas agrícolas do Rio Grande do Sul, o milho vem perdendo área no estado ao longo dos últimos anos. Como exemplo, na área de atuação da Cotrijal, a cultura já ocupou 30% das lavouras, mas agora está presente apenas em cerca de 9% da área da cooperativa. A recuperação dessas áreas e as estratégias para ampliação do cultivo de milho no território gaúcho foram as principais pautas do 16ª Fórum do Milho, realizado nesta segunda-feira (10), na 25ª Expodireto Cotrijal.
Conforme o vice-presidente da cooperativa, Enio Schroeder, esse cenário é preocupante, mas também evidencia a relevância dos debates promovidos no Fórum do Milho. “É uma cultura necessária por vários fatores. O primeiro é o consumo, nosso Estado precisa muito de milho para a indústria, e o segundo é a rotação de culturas, nossos solos precisam dessa rotação para sustentabilidade do sistema produtivo”, ressaltou na abertura do fórum.
O impacto da cultura para a produção agrícola e para a economia estadual também foi ressaltado pelo chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski. “O milho é essencial para a estruturação, manejo do solo e resiliência. Além disso, ele é fundamental para a competitividade da economia do Estado do Rio Grande do Sul porque o abate de animais é a primeira indústria desse Estado e as fábricas de ração são segunda, então é necessário que a gente produza o milho de que necessitamos”, disse.
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, apresentou o programa Supera Estiagem, programa de irrigação com subvenção do governo estadual voltado a produtores rurais. O edital do programa está aberto até 30 de abril, mas deve ser prorrogado.
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